Assunto Geral: Perdão
Assunto Específico (tema): Cultivando o perdão!
Texto Bíblico: Mateus 18.23-26
Objetivo Geral: Pastoral
Objetivo Específico: Mostrar a importância do perdão para a vida cristã.
Proposição (grande ideia): Não há outra forma de vivermos neste mundo senão cultivando o perdão.
Introdução (captação)
Para sermos igreja e participar do corpo de Cristo temos que ter relacionamentos saudáveis com as pessoas. O discípulo verdadeiro de Jesus não se aproxima apenas do Pai em santidade, mas também do seu irmão. Para termos relacionamentos sólidos precisamos cultivar o perdão em nossas vidas.
Nesta parábola Jesus provoca a imaginação dos seus discípulos. O assunto sobre o perdão sempre foi, e sempre será um desafio para toda a humanidade. Todos os dias devemos refletir sobre a necessidade de perdoarmos quem nos ofendeu e pedirmos o perdão aqueles que ofendemos.
Primeiro passo, o acerto de contas!
A Bíblia nos incentiva procurarmos aqueles que nos ofenderam para esclarecer as situações que nos machucaram por pelo menos duas razões. Primeiro, o acerto de contas preserva a dignidade da pessoa ofendida. Se alguém te machucou você precisa explicar que um limite foi ultrapassado, para que isso não se repita. Não é saudável sacrificar a dignidade própria em nome do relacionamento. Isso se chama relacionamento abusivo, tóxico. Os relacionamentos precisam de limites para que as dignidades sejam respeitadas. Segundo, o acerto de contas dá ao opressor a oportunidade de enxergar sua conduta, sua maneira de ser e a forma como se relaciona com as pessoas. Quando você chama alguém para o acerto de contas, você não está cuidando apenas de você, mas também do outro. Está dando a outra pessoa a chance de se reinventar, de se transformar, porque aquele que agride também se diminui.
A prestação de contas é fundamental tanto para a saúde de um relacionamento quanto para a saúde das pessoas que se relacionam. O caminho mais rápido para o fim do relacionamento é varrer as mágoas e os ressentimentos para debaixo do tapete, ou seja, desprezar o acerto de contas. Quem chama para um acerto de contas demonstra que deseja se relacionar sempre.
Segundo passo, a remoção do orgulho!
A experiência do perdão é um golpe fatal no orgulho humano. Através da prática do perdão os discípulos de Jesus conseguem drenar o veneno do orgulho de dentro do coração humano. Queremos pagar as nossas dívidas e não queremos depender da misericórdia de ninguém, mas o perdão nos mostra que isso é impossível.
Poucas coisas nos humilham tanto quanto o perdão. Primeiro, porque é preciso admitir que temos uma dívida impagável. Isso evidencia nossa imperfeição, e que o que fizemos só se explica pela maldade do nosso coração. Existe uma diferença entre o perdão e a desculpa, porque a desculpa é uma justificativa através das razões que levaram a tal comportamento. Perdão não é desculpa. Não tem justificativa. A única explicação é falha no caráter e própria imperfeição. O pedido de perdão é uma confissão de que sou indesculpável. Segundo, o pedido de perdão mostra que não há como reparar o mal que fiz e que estou totalmente dependente da misericórdia da pessoa que ofendi.
Terceiro passo, uma condição surpreendente!
Jesus surpreendentemente introduz na parábola a possibilidade da revogação de um perdão concedido. Jesus provoca a imaginação dos discípulos. Eles pensam na cena onde Deus rasga a nota promissória de suas dívidas, mas 24 horas depois este mesmo Deus pega o papel rasgado, restaura e diz ao devedor: Por causa do seu comportamento nas últimas 24 horas eu decidi cobrar a sua dívida novamente. Segundo a parábola de Jesus isso pode acontecer.
Jesus está dizendo que se alguém recebeu o perdão de Deus e este perdão não teve consequência positiva em sua vida, então o perdão foi inútil. Erramos se acreditamos que o perdão de Deus é incondicional, pois não é. O perdão é imerecido, mas custa alguma coisa. Quem é perdoado, mas continua o mesmo que sempre foi, egoísta e impiedoso, está banalizando o perdão de Deus.
Conclusão (Aplicação)
Jesus falou sobre o perdão com a autoridade do filho de Deus. Aos inimigos que o crucificaram ele ofereceu o perdão antes da sua morte. O perdão mostra a grandeza de um ser humano e a maturidade em sua fé. Não há outra forma de vivermos neste mundo senão cultivando o perdão.
Existe alguém em sua família que te ofendeu? Perdoe. Existe alguém na igreja ou no trabalho que lhe machucou? Perdoe. Você machucou alguém da sua família? Peça perdão. Feriu algum irmão da igreja ou do trabalho? Peça perdão. Isso não vai diminuir você, pelo contrário, vai trazer mais amadurecimento e prestígio das pessoas que estão ao seu redor. É assim que funciona o perdão do Pai aos pecados dos seus filhos.
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